Quais são as doenças transmitidas por baratas? Conheça e se proteja
As doenças transmitidas por baratas representam um risco para a saúde, podendo causar infecções, alergias e problemas gastrointestinais. Mas com cuidados simples de higiene e controle adequado de pragas, é possível reduzir significativamente essas ocorrências no ambiente doméstico.
Além de serem consideradas nojentas, as pragas urbanas também podem transmitir enfermidades. No caso das doenças transmitidas por baratas, elas acontecem porque esses insetos carregam microrganismos em suas patas, antenas e asas — atuando como vetor eficiente na transmissão de patógenos — e levando-os para superfícies, alimentos e utensílios domésticos.
Por viverem em esgotos, lixões e ambientes úmidos, as baratas estão sempre sujas e contaminadas, e como conseguem se esconder rapidamente podem contaminar diversas áreas.
Quer entender mais sobre o assunto e saber como se prevenir? Continue a leitura e veja quais são as principais doenças, como elas se espalham, quais sintomas podem causar e, principalmente, como reforçar a higiene doméstica para evitar a infestação de baratas e proteger sua família.
Por que as baratas transmitem doenças?
Antes de falarmos de cada doença, é importante entender como ocorre o processo de contaminação.
As baratas são insetos onívoros e que circulam por lixeiras, redes de esgoto, ralos, fossas e material orgânico em decomposição em busca de alimentos.
Como esses locais estão lotados de diferentes tipos de vírus, fungos e bactérias, essa exposição constante faz com que elas carreguem mais de 30 tipos de micro-organismos nocivos em seus corpos.
Veja as bactérias de baratas e demais patógenos mais comuns:
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Salmonella spp;
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Escherichia coli;
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Shigella spp;
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Estafilococos e estreptococos;
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Fungos como Aspergillus e Candida.
Principais doenças relacionadas às baratas
Existe uma infinidade de doenças transmitidas por baratas, e cada uma delas vai depender do organismo causador. Apesar disso, é possível citar as mais comuns:
1. Gastroenterites e quadros de diarreia
As gastroenterites relacionadas às baratas são provocadas principalmente pela ingestão acidental de alimentos ou água contaminados pelos micro-organismos que elas carregam. Elas podem contaminá-los de 2 formas:
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direta: quando caminha sobre superfícies como mesas, pias, embalagens de comida ou panelas;
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indireta: por meio das fezes ou dos vômitos das baratas que podem contaminar alimentos expostos.
Entre os principais causadores da gastroenterite e da diarreia por baratas estão a Salmonelose, E. coli Enteroinvasiva, Shiguelose.
Vale lembrar que os principais sintomas incluem fezes líquidas ou pastosas, náuseas e vômitos, dor abdominal e febre. Em crianças, a desidratação rápida pode ser mais perigosa e exigir atendimento médico de urgência.
Leia também: Como acabar com a infestação de baratas francesinhas?
2. Disenteria e febre tifoide
Causada pela bactéria Salmonella Typhi, a febre tifóide pode acontecer em qualquer ambiente onde haja contaminação por resíduos humanos, mas o risco de contrair a doença aumenta quando:
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Há má higienização dos alimentos;
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Existe presença frequente de baratas em áreas de preparo de comida;
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Há lixo exposto ou acúmulo de resíduos orgânicos.
Os principais sintomas são febre alta e persistente, dor no corpo e no abdômen, disenteria (podendo causar diarreia ou até mesmo o efeito contrário — prisão de ventre), dor de cabeça e perda de apetite.
De modo geral, a febre tifóide é simples de ser tratada, mas caso não seja curada corretamente pode evoluir para complicações graves, como perfuração intestinal.
3. Hepatite A
Outra doença que também pode ser transmitida por baratas é a hepatite A. Neste caso, trata-se de uma infecção viral que atinge o fígado e é transmitida principalmente pela via fecal-oral.
Apesar do vírus da doença não se multiplicar nas baratas, elas podem atuar como vetores mecânicos, isto é, carregar o vírus ao passar por ambientes contaminados. Veja algumas maneiras de transmissão:
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Caminhando sobre superfícies com partículas virais (como esgoto, lixo e banheiros sujos);
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Transportando o vírus mecanicamente para alimentos deixados destampados;
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Contaminando utensílios e superfícies de preparo de comida;
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Carregando o vírus nas fezes, que podem cair sobre armários e prateleiras.
Vale lembrar que o vírus da hepatite A é relativamente resistente e pode permanecer ativo por longos períodos, o que aumenta o risco de transmissão em locais sujos e poluídos.
Entre os sintomas estão a famosa icterícia (pele e olhos amarelados), além de urina escura, fezes claras, fadiga intensa, náuseas e vômitos, dor ou desconforto abdominal e perda de apetite.
4. Intoxicações alimentares
Assim como na gastroenterite, as intoxicações por meio de alimentos acontecem quando o inseto contamina comidas cruas ou cozidas que ficaram expostas com Clostridium e Bacillus — micro-organismos que resistem por longos períodos em superfícies.
Isso pode acontecer tanto com as comidas que ficam nas bancadas da cozinha quanto com aquelas que estavam na geladeira. Isso porque, as baratas são altamente resistentes e sobrevivem mesmo em ambientes refrigerados. Nesses locais, elas costumam entrar por meio de frestas.
Uma vez contaminada, a pessoa apresenta vômitos intensos, fraqueza e febre.
5. Alergias respiratórias e cutâneas
Além das infecções, é possível ter alergias a baratas. Isso acontece porque os resíduos delas como pele, saliva, fezes e ovos liberam partículas alergênicas no ar.
Estas ficam suspensas e se depositam em roupas, tecidos, móveis, podendo ser facilmente inaladas, ingeridas ou entrar em contato com a pele. Quando isso acontece, desencadeiam:
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Crise de espirros;
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Coceira nos olhos;
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Nariz entupido;
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Irritação na pele;
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Crises alérgicas em graus variados.
Vale saber que, embora a maioria das reações seja leve ou moderada, existem formas mais graves, que exigem atenção. Veja:
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Crises asmáticas severas: asma e baratas não são uma boa combinação, e quando há uma crise aguda, ela pode desencadear falta de ar acentuada, chiado intenso, aperto no peito, queda da saturação de oxigênio e necessidade de uso de broncodilatadores de resgate;
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Reação alérgica sistêmica: ainda que extremamente incomum, alguns relatos indicam que proteínas de baratas podem contribuir para quadros sistêmicos de alergia, causando Inchaço em rosto e lábios (angioedema), urticária generalizada, dificuldade para respirar;
Locais comuns de infestação
Para evitar as doenças transmitidas por baratas é importante entender quais são as áreas mais comuns de infestação do inseto. Nas residências, elas costumam se alojar na cozinha, nos banheiros e nas áreas de serviço.
Nas cozinhas, elas buscam por alimento disponível, umidade constante e esconderijos. Entre os pontos mais escolhidos estão:
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Embaixo e atrás da geladeira;
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Motor e parte inferior do fogão;
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Interior e parte de trás de armários;
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Pias, ralos e tubulações;
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Cestos de lixo mal vedados;
As baratas também são atraídas por embalagens abertas, resíduos de gordura, falhas na limpeza do chão e louça deixada na pia durante a noite. Já no banheiro, buscam por:
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Ralos sem tampa;
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Tubulações com vazamentos;
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Fendas entre azulejos.
Nesses locais, a umidade constante favorece a reprodução, e os resíduos orgânicos presentes nos encanamentos servem de alimento. O mesmo acontece com as lavanderias e áreas de serviço, que acumulam calor, umidade e abrigo.
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Prevenção e controle
Para evitar que essas pragas urbanas infestem esses locais, o indicado é manter a higiene em dia, limpando e desinfetando cada canto para evitar contaminação. Poeira, gordura acumulada, restos de alimentos e até micro-resíduos orgânicos atraem facilmente as baratas, principalmente as espécies urbanas como Periplaneta americana e Blattella germanica.
Para minimizar o risco, o ideal é:
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Lavar louças diariamente e evite deixar panelas na pia à noite;
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Fechar as embalagens de alimentos e evitar migalhas em superfícies;
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Fazer a limpeza de áreas de difícil acesso (como atrás do fogão e da geladeira);
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Trocar o lixo com frequência e manter as lixeiras sempre tampadas;
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Secar superfícies úmidas, já que baratas buscam água para sobreviver.
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Usar inseticidas periodicamente como forma de prevenção e/ou pontualmente como forma de controle de infestações.
No caso dos inseticidas, existem várias opções no mercado, desde aquelas para dedetização doméstica até os profissionais. Também é possível comprá-los na versão líquida, em pó ou isca de gel. Cada um terá uma funcionalidade específica e será mais útil em determinados usos.
Os líquidos, por exemplo, são excelentes para o controle rápido de infestações. Na maioria dos casos, suas fórmulas à base de água não mancham, não têm cheiro e oferecem ação prolongada, protegendo a casa por até 3 meses, como é o caso do K-Othrine SC.
Boas práticas para casas e estabelecimentos
Além das ações diretas de prevenção de baratas e controle físico-químico, a manutenção de ambientes livres de pragas depende de um conjunto de boas práticas, que devem ser aplicadas de forma contínua. Entre as medidas mais importantes, estão:
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Inspeção periódica: é essencial observar sinais como fezes, odor característico, cápsulas de ovos (ootecas) e baratas vivas ou mortas;
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Monitoramento de áreas críticas: é importante em ambientes onde há maior risco de contaminação. Por meio dele, é possível acompanhar as variações no número de insetos ao longo do tempo e entender se as medidas adotadas foram eficientes.
Livre-se das baratas e proteja sua saúde!
Como você viu, as baratas representam um risco real à saúde e podem causar desde simples infecções e alergias até complicações mais sérias. A boa notícia é que com uma limpeza adequada e dedetização correta é possível acabar com esses insetos.
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