Ratos: conheça mais dessa praga que é uma ameaça à saúde pública
Os ratos são pragas urbanas que podem transmitir pelo menos 30 doenças. Eles podem ser controlados por meio de medidas integradas, que incluem prevenção e o uso de iscas raticidas.
Os ratos são animais ágeis e possuem grande capacidade de adaptação. Eles se alimentam de quase tudo e podem ser encontrados em telhados, forros, sótãos, armários, entulhos e até em fios elétricos.
Essas são algumas das características que tornam esses animais verdadeiras pragas urbanas. O mais preocupante é que eles representam riscos à saúde pública e ao meio ambiente.
A melhor maneira de se proteger contra os danos causados por esses roedores é aprender a identificar sinais de infestação e adotar medidas eficazes de controle.
Neste artigo, você aprenderá como os ratos se comportam, quais são as principais espécies e as melhores estratégias para prevenção.
Quais são as principais características dos ratos?
Os ratos são considerados uma das pragas urbanas mais perigosas para a saúde pública devido a características biológicas e comportamentais. Uma das mais importantes é o crescimento contínuo de seus dentes incisivos, o que os obriga a roer constantemente para desgastá-los.
Esse comportamento faz com que destruam muito mais alimentos do que o necessário para sua alimentação. Eles também danificam embalagens, estruturas (como fios e madeiras) e fiações elétricas, o que pode resultar em curtos-circuitos e incêndios.
Outra característica que explica o comportamento desses animais é o seu hábito alimentar. Eles são onívoros, ou seja, se alimentam de praticamente tudo o que encontram.
Além disso, eles apresentam uma alta capacidade reprodutiva. A partir do terceiro mês de vida, eles já podem se reproduzir.
As gestações duram, em média, de 19 a 22 dias e geram ninhadas de 5 a 12 filhotes. Em um ano, uma única fêmea pode gerar centenas de descendentes, facilitando a ocorrência de infestações em ambientes urbanos e tornando seu controle mais difícil.
Espécies mais comuns de ratos
Nas áreas urbanas, três espécies de ratos se destacam por sua adaptabilidade e potencial de infestação. Conheça cada uma delas a seguir:
Ratazana (Rattus norvegicus)
A ratazana é a maior entre as espécies urbanas, podendo chegar a até 50 cm de comprimento, considerando o corpo e a cauda. De hábitos subterrâneos, ela é responsável pela transmissão de diversas doenças, sendo a principal delas a leptospirose.
Rato de telhado (Rattus rattus)
Também conhecido como rato preto, os ratos de telhado tem uma grande habilidade para escalar superfícies verticais e caminhar por fios. Ele é comum em forros, telhados, sótãos e até em galhos de árvores próximas às construções.
É vetor de doenças perigosas, como peste bubônica, tifo murino e toxoplasmose.
Camundongo (Mus musculus)
O camundongo é o menor dos três roedores urbanos. Ele tem um comportamento mais curioso e menos cauteloso, o que o torna vulnerável a armadilhas.
Costuma se instalar em armários, gavetas, fogões e despensas, sempre buscando locais secos e próximos a fontes de alimento.
Veja aqui: 6 doenças transmitidas por ratos e como evitá-las
Como os ratos se comportam e qual é o seu habitat preferido?
Esses são animais predominantemente noturnos. Isso significa que eles costumam sair de seus esconderijos durante a noite, quando há menos movimentação humana, para buscar alimento e abrigo.
Essa característica comportamental dificulta perceber sua presença logo no início de uma infestação.
Eles também são altamente adaptáveis e possuem habilidades físicas impressionantes. Nadam, saltam, escalam superfícies verticais e ainda conseguem se equilibrar em fios elétricos, dificultando o seu controle.
Quanto ao habitat, preferem locais que ofereçam abrigo seguro, pouca iluminação e proximidade com fontes de alimento.
Ambientes quentes, úmidos e escuros, como esgotos, bueiros, sótãos, porões, armazéns e fendas nas paredes, são ideais para sua reprodução e permanência. Por isso, áreas urbanas com grande acúmulo de lixo e restos orgânicos oferecem as condições perfeitas para sua proliferação.
Quais são os sinais de uma infestação de ratos?
Identificar uma infestação de ratos é o primeiro passo para adotar medidas eficazes de controle. Isso pode ser feito observando os sinais deixados no ambiente. Confira as principais pistas que indicam a presença de roedores:
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Fezes próximos a fontes de alimento, como despensas, armários ou ao longo de paredes e cantos;
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Manchas escuras e gordurosas em superfícies como paredes, vigas, tubulações e rodapés;
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Formação de trilhas, que aparecem como áreas limpas e “batidas” em meio à poeira ou grama;
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Marcas de roeduras irregulares em objetos como móveis, fiações elétricas, portas, rodapés e embalagens de alimentos;
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Tocas e ninhos de ratos em locais escuros, quentes e protegidos;
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Odor forte e desagradável causado principalmente pela presença de urina, fezes e pelos;
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Ruídos noturnos de arranhões, passos rápidos, roeduras e pequenos guinchos em paredes, tetos e móveis;
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Presença de ratos vivos ou mortos.
Como os ratos afetam a saúde humana e o meio ambiente?
Esses animais representam um grave risco à saúde humana e ao meio ambiente devido à sua capacidade de transmitir diversas doenças e contribuir para a degradação ambiental. Entenda os motivos a seguir:
Riscos à saúde humana
Segundo o Manual de Controle de Roedores do Ministério da Saúde, os ratos estão envolvidos em uma cadeia epidemiológica capaz de transmitir pelo menos 30 doenças ao ser humano.
A principal forma de contágio é a contaminação de alimentos, além de doenças transmitidas pelo contato com a urina, fezes, saliva ou pelos.
Uma das enfermidades mais perigosa transmitida é a leptospirose, causada pela bactéria Leptospira, eliminada na urina do roedor.
Segundo Maria Beatriz, médica infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, a infecção por leptospirose ocorre principalmente em casos de exposição prolongada a águas contaminadas.
“Em geral, as pessoas acometidas pela leptospirose são aquelas que têm a casa invadida pelas águas de enchentes ou que, por algum motivo, permanecem em contato com a água por um longo período”, explica.
Além disso, eles podem carregar pulgas, ácaros e carrapatos, que também transmitem doenças como tifo murino e peste bubônica. Elas podem resultar em surtos epidemiológicos graves, comprometendo a saúde pública e colocando a vida humana em risco.
Riscos ao meio ambiente
Além de participarem de uma ampla cadeia epidemiológica, os ratos são espécies invasoras que competem com animais nativos por recursos, podendo levar ao declínio de populações locais.
Em ambientes rurais, por exemplo, eles podem prejudicar a agricultura ao destruir plantações e contaminar grãos armazenados.
A urina e as fezes também podem contaminar solos e fontes de água, afetando a saúde humana e a vida selvagem. Em áreas urbanas, essa contaminação é agravada pelo descarte inadequado de resíduos e pela falta de saneamento básico.
Quais os métodos para controlar ratos?
Os ratos são pragas altamente adaptáveis, mas seu controle é possível por meio de medidas integradas que combinam prevenção, saneamento e soluções profissionais. Confira as principais estratégias:
Limpeza e higiene
Manter o ambiente limpo é a principal estratégia de prevenção de infestações. Isso exige a adoção de práticas de higiene e saneamento. Elas eliminam as condições que atraem os roedores, tornando o ambiente menos propício para sua proliferação. Essas medidas incluem:
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Recolher o lixo regularmente e armazená-lo em recipientes com tampas bem fechadas;
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Evitar deixar restos de alimentos em pias, ralos ou em locais acessíveis aos roedores;
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Armazenar alimentos de maneira adequada, guardando em recipientes fechados;
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Nunca acumular lixo em terrenos baldios ou áreas abertas;
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Manter sótãos, garagens e quintais limpos e organizados.
Selamento de entradas
Uma das formas mais eficazes de evitar a entrada em casa é vedar qualquer buraco ou fissura nas paredes, portas, janelas ou ao redor de instalações, como encanamentos. Isso impede que eles acessem o interior das construções.
Cuidados com a alimentação dos animais domésticos
A ração de animais domésticos, como cachorros, gatos e pássaros, também pode atrair os roedores. Para evitar isso, é importante manter esses alimentos em potes bem vedados e garantir que os restos de ração não fiquem espalhados pelo quintal.
Iscas raticidas
Quando a infestação já está instalada, a melhor solução é usar iscas raticidas. Nesse caso, o ideal é contratar um serviço de desratização, com profissionais capacitados para manusear esse tipo de produto.
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Sua principal vantagem é sua alta resistência à umidade, garantindo sua eficácia em ambientes úmidos ou expostos às intempéries. Isso permite que os roedores consumam o produto por mais tempo, sem que ele perca sua eficácia.
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